quarta-feira, 12 de julho de 2017

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Entre amigos

Do google

Campainha.
Abro a porta.
Ele entra em minha casa e, sem nenhum cumprimento, já vai abrindo a geladeira.
-Ei, não vai nem dizer "oi"?
Me olha.
-Oi.
Sorrimos.
Coloca sorvete para os dois e se joga no sofá.
- O que houve?- Pergunto.
-Só queria companhia.
Assistimos um filme, falamos besteira, rimos um da cara do outro e no final da tarde ele foi embora.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Não querendo ser chata

Do google

Mas a vida de escritor iniciante é um tormento. Começa pelo fato de que não sabemos por onde começar. Claro que existe aquele sonho, aquelas palavras enraizadas em alguma parte do seu coração (sim, bem brega, mas é verdade), no entanto, convenhamos, trabalhar por instinto é uma droga!

Supondo que você passou da fase inicial e conseguiu escrever o seu livro: o que raios você faz agora?

O original claramente precisa de uma revisão, todos merecem segundas e terceiras olhadas. Se você for paciente vai tentando sozinho, se não, pede a ajuda de alguém. Mas quem? Em geral profissionais cobram e nem todos têm recursos. Trabalho voluntário também não ajuda: as pessoas têm seus próprios afazeres e, em algum momento, tendem a esquecer você e sua obra.

Resultado: ou se vira sozinho e tenta revisar por conta própria ( um processo complicadíssimo para alguns autores, devido a intimidade com o texto) ou engaveta tudo. Na minha opinião ninguém deveria revisar sozinho seu próprio livro. 

Ah, e é muito fácil engavetar.

 A vida exige que você se mexa, que arrume um emprego que dê dinheiro, que faça algo para conseguir se sustentar. É extremamente fácil esquecer seus sonhos em meio à correria, e não apenas os da escrita: qualquer sonho.

Depois vem o cansaço. Se você não tem condições de se dedicar somente aquilo que realmente quer, você vai sendo desgastado dia-após-dia por tudo que não quer fazer, mas que precisa, pois do contrário como poderia sobreviver? Faculdade, trabalho e projetos.

"E por que você não fez algo relacionado ao seu sonho?"

Ora, porque meu sonho não me garante dinheiro. Desde do momento em que se decide ser escritor você provavelmente vai escutar algo como: faça um curso que tenha alguma coisa de escrita, mas que lhe confira um diploma, porque, afinal, não existe garantias de que você ganhará dinheiro com livros.

E mesmo que você tenha visto um curso de graduação a respeito da escrita criativa é necessário muita coragem para seguir o que quer de verdade, afinal, você precisa comer. E ai, se faltou a coragem ou o dinheiro para ir atrás das pouquíssimas cursos universitários sobre escrita, você faz letras, jornalismo ou qualquer coisa que lhe deixe minimamente próxima do mundo que você, na verdade, gostaria de estar (isso se é que você está cursando uma universidade e não fazendo qualquer outro trabalho que também tomará seu tempo quase integralmente).

Mas, na real, você está muito longe desse mundo. 

Depois de alguns anos você começa a se dar conta de que, de fato, deixou quase tudo para trás e sua função agora é sobreviver. Você já quase não lembra do prazer de escrever o que quer de verdade. Você escreve uma vez ou outra quando o desgaste e o cansaço não enferrujam sua determinação, já tão acabada.

Às vezes, você pode escutar autores e professores dizendo que, para se escrever, é necessária dedicação, dando total preferência a esse ofício: escrever todos os dias, aprender sobre o mercado e como se inserir nele, procurar caminhos, procurar melhorar sempre...

O pior é que eles estão certos. O pior é que, para largar tudo e escrever, é preciso coragem para assumir que terá um início (se não a vida) de incertezas. Porque, queridos, publicar não é sinônimo de vender nem de permanecer no mercado. Na verdade, agora o autor não precisa apenas escrever bem: tem de ser sua própria marca. As pessoas querem gostar de você e não apenas do seu trabalho. E se você não é muito bom em tirar fotos, twittar frases engraçadas e interessantes, ou fazer textão no facebook, já sabe: boa sorte tentando fazer seu próprio marketing. Têm aqueles que conseguem, claro que tem, não é uma obrigação ser sociável é apenas uma recomendação, principalmente se seu publico é jovem.

Se, e somente se, você conseguiu quebrar metade das barreiras que apresentei, você tem uma chance de chegar ao seu objetivo. Você escreve, você luta para ter alguém que te ajude com a revisão, você pode até fazer um dos milhares de cursos de escrita criativa, oficinas, que tem por aí ( e fazer a seleção de quais são boas de verdade, e não dinheiro jogado fora, é mais uma dor de cabeça), você batalha para ser aceito em uma editora ou se auto publicar e, o segundo maior de todos os desafios (pois escrever algo bom, já é um baita desafio): vender.  Alguns conseguem, outros, como em qualquer profissão, estão perdidos no meio do caminho por diversas razões (provavelmente as que citei aqui).

Ser escritor não é um hobby, ser escritor não pode ser um ofício para depois da aula e ser escritor não precisa ser um sonho: pode ser uma meta. Desde que você tenha coragem de realmente lutar pelo que deseja e assumir que escrever é um trabalho sim e exige a mesma demanda de tempo que qualquer outro.

Mas, convenhamos, haja coragem... talvez, ser escritor, seja uma das profissões mais ousadas do mundo: você tem de vencer o mundo para ter condições de criar seus próprios universos.







quarta-feira, 13 de maio de 2015

Desfocados


E se teus olhos se perdessem um pouco mais...
Eu diria que somos iguais.
Fitando um nada qualquer,
Perdidos, talvez, nos sonhos que ninguém vê.




sábado, 5 de abril de 2014

Simples e não tão simples assim...


De vez em quando queremos coisas tão simples...
Mas mesmo assim não conseguimos.

O fato: ou você se esforçou de menos, ausentou-se, não teve coragem, ou você se esforçou mais do que devia, e por isso assustou o que teria sido seu. 

A vida tem dessas.
Agora vou dormir.
Estou cansada demais para insistir.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Bibliotecas/quadro/ palavras




Sabe aqueles dias em que não há absolutamente nada para se dizer? É como se as palavras tivessem lhe abandonado...  Tento trazê-las de volta. Mas elas não querem... Ou só estão rindo da minha cara.

Estou sentada em uma biblioteca -sem livros- universitária onde todos os livros só são encontrados por funcionários. Os alunos requisitam esses livros e os computadores os acham. Um tédio. Sempre gostei de procurar os livros, de olhar os títulos. Certas bibliotecas são modernas demais para mim...

Nessa biblioteca todos estão em silêncio- o que é bom- alguns fazem trabalho em dupla. Outros estão em mesas individuais lendo ou estudando. A maioria com livros fechados e computadores abertos. Incluindo eu que estou escrevendo.

Tem alguns anúncios, do tipo "não entre com comida" ou "celulares desligados". Acho que essa é a minha deixa para esconder o guaraná...

Algumas pessoas saíram da biblioteca. Um casal está fechando a bolsa. As luzes aqui são perfeitas para leitura, contudo o aposento não passa a sensação de aconchego que uma biblioteca ideal deveria passar. É tão impessoal... Como se não fosse... Sei lá. O lugar não está vivo. Tem pessoas. Mas mesmo com essas pessoas não há vida. O quadro tem mais vida que o aposento inteiro. Acho... É, foi por isso que  o amei tanto. O quadro, quero dizer. Ele, com toda a sua sobriedade, é mais vivo do que a biblioteca inteira!

Quase vazio. O aposento está quase vazio. Acho que ainda vou passar duas horas nessa realidade. As músicas nos fones de ouvido não estão ajudando a melhorar meu humor. Queria saber o que a mulher do lado está lendo. Impossível ver daqui. Bom, vou dormir. Talvez assim o tempo passe.

Desculpe se meu texto não tem nenhum grande significado. Ou tomou o seu tempo . Desculpe se o gastei. E obrigada por ouvir esses pensamentos sem grande importância. Mesmo sem palavras interessantes as que eu tenho eu lhe ofereci com a melhor das intenções- ou sem grandes intenções, apenas um egoísmo vaidoso- nesse monólogo sem significado para terceiros. Obrigada. Boa noite. 
Que a biblioteca universitária feche as portas!! Adeus.